"LOOK MOM I CAN FLY"
João Miranda, “Look mom I can fly", 2019, serigrafia a cinco cores 32,5 x 49,7 cm.
O objetivo deste projeto consistiu na realização de dois trabalhos onde tive de repensar a noção de território, de fronteiras, de limites. Esta pode refletir-se na minha figura como um viajante ou experimentador entre territórios físicos ou simbólicos, saindo da minha zona de conforto e permitindo o aparecimento de novos conteúdos.
Como resposta ao tema decidi refletir em torno da minha partida para o Reino Unido. Lá irei estudar e terei de abdicar do território que sempre me foi familiar e de momentos que poderia viver cá, para experienciar novas vivências e permitir o aparecimento de novos conteúdos de uma cultura distinta da minha. Foquei-me em sentimentos como a saudade, o amor e o crescimento pessoal. Ao realizar o meu trabalho de serigrafia, decidi abordar o amor materno e a viagem de Portugal para o Reino Unido. O trabalho de Corita inspirou-me para recorrer a frases, silhuetas e cores planas que comunicam entre si para transmitir a minha mensagem e retratar o meu destino de viagem. O coração com a chama retrata o meu fogo interior, ansioso pela nova jornada está retratada em cima através de um avião que vai voar para longe (“Fly Away”) até chegar a Londres que está representada por um Big Ben a preto. Em relação ao amor materno, utilizo a frase “Look Mom I Can Fly” (“Olha mãe eu consigo voar”) de forma a mostrar à minha mãe que consigo ser autónomo e que ela pode ficar calma ao me ver partir para longe. É quase como uma metáfora de um pássaro bebé a sair do ninho pois já consegue voar e tratar de si próprio sem a ajuda materna. |