Em resposta ao enunciado proposto, achei que seria interessante explorar o impacto que o exílio tem na vida de uma pessoa. Decidi abordar este tema através de duas vertentes diferentes, a vertente social e a vertente pessoal, representadas respectivamente através da serigrafia e da gravura.Através da serigrafia, pretendi passar o lado positivo que um exílio pode ter a nível social. Ocultando todos os pontos negativos, o exílio torna se também uma oportunidade de um novo começo. Na sociedade em que , inevitavelmente as pessoas que nos rodeiam tem uma ideia formada sobre nós, que vai sendo construída através das nossas atitudes, dos valores que representamos, das pessoas com que nos relacionamos e até dos sítios que frequentamos. Essa ideia formada acerca de uma pessoa, muitas vezes é vista como uma verdade absoluta, uma verdade maioritariamente incorreta e incompleta. Se o próprio ser não sabe de tudo o que é feito e não se sabe descrever, como pode ser definido por outros seres ? Acabamos por ser consumidos por esta sociedade julgadora que não nos dá uma segunda oportunidade para sermos vistos com outros olhos. E neste seguimento que de certa forma me fascina a ideia de chegar a um sítio completamente diferente, onde tudo é novidade e ninguém nos conhece. A possibilidade de criar uma “nova identidade”, de “começar do zero”. Mais certamente de nos podermos dar a conhecer de uma maneira diferente
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